Enem e vestibulares: veja 5 temas aplicados na análise de terremotos
Estrutura geológica
"O impacto dos terremotos tem relação com a estrutura
geológica e os tipos de rocha. Algumas rochas absorvem mais a vibração e o
impacto que outras, então o abalo consegue se propagar mais rápido numa direção
ou na outra. Isso vai contribuir para a percepção do sismo ser maior ou menor.
Em uma região sedimentar, que é mais mole, ela amortece o impacto e reduz a
destruição de superfície."
Placas tectônicas
"Sismos de grande magnitude ocorrem em áreas de
instabilidade geológica, ou seja, onde há convergência de placas tectônicas.
Segundo o professor, esse é o caso não só da Itália, mas de todo o sul da
Europa. É por isso que, contornando o Mediterrâneo, há um arco de cordilheiras,
que são reflexos de choque de placas."
"Também por isso, nessas áreas, terremotos ocorrem com
grande frequência. O Brasil, por exemplo, está no meio de uma placa, mas ela é
muito grande. Então ela tem fissuras, rachaduras, trincas, e elas vão
acumulando energia, por conta da pressão exercida sobre ela. Chega um
determinado momento em que há uma acomodação, e essa energia é liberada,
gerando os sismos."
Impacto socioeconômico
"É possível analisar o tremor sob vários aspectos.
Muito mais do que os danos materiais, uma tragédia desse porte traz marcas
irreparáveis, quando há mortes.
A reconstrução da vida também está ligada ao fato de como os
país reage perante as tragédias.
Em 2010, houve dois terremotos em menos de dois meses: um no
Haiti, marcando 7 pontos na escala Richter, e um no Chile, marcando 8.8 pontos.
O Haiti, hoje, ainda está em escombros, porque não tem recursos financeiros e
técnicos para lidar com o desastre. As vítimas de um terremoto praticamente
dobram no pós-tragédia, pela falta de infraestrutura. Já no Chile, mesmo com um
terremoto mais forte, o dano material foi menor, e a reconstrução do país foi
muito mais rápida."
EM FÍSICA
"No hipocentro, o foco do abalo, ocorre a liberação de
energia potencial, que se propaga até o epicentro, a projeção desse ponto na
superfície. As ondas primárias (P), que são longitudinais, possuem maior
velocidade e são detectadas antes. As ondas secundárias (S) são percebidas
posteriormente e, por serem transversais, impõem oscilações mais significativas
no que diz respeito à destruição na superfície."
Ondulatória
"É possível relacionar ao tema conceitos da mecânica,
como a propagação (cinemática) e transferência energética existente
(ondulatória). Entre os inúmeros métodos geofísicos, é possível destacar a
reflexão das ondas emitidas, que permite inferir sobre a distância entre o hipocentro
e a superfície. Já a ondulatória permite, pela classificação das ondas,
primárias (P) e secundárias (S), e o conhecimento dos fenômenos da refração,
entender os meios físicos nos quais essas ondas se propagam."
Fonte: G1
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